Operário que teve crânio perfurado volta pra casa

O operário Eduardo Leite, 24, que teve o crânio perfurado por um vergalhão numa obra em Botafogo, zona sul do Rio, disse hoje que está se sentindo bem e que só quer ficar junto dos filhos.

Ele deixou pela manhã o hospital Miguel Couto, na Gávea, também na zona sul, após duas semanas de internação e concedeu entrevista ao RJTV, da TV Globo. “Às vezes, a gente sai para trabalhar e não tem tempo de dizer “filho, eu te amo”; “esposa, eu te amo”.”

Leite contou que se lembra de tudo o que aconteceu e que sempre teve noção da gravidade do caso. “Fui amarrar um ferro e me dei conta quando afrouxou e caiu. Quando eu senti a pancada, eu falei: “aconteceu alguma coisa”. Mas procurei me manter tranquilo, ficar calmo, passar tranquilidade para os colegas que estavam do lado”, relatou.

O operário chegou consciente ao hospital e passou por uma cirurgia de seis horas. Segundo o diretor do hospital, Luis Alexandre Essinger, Leite reagiu muito bem ao tratamento, sem apresentar infecção, mas continuará com acompanhamento médico. “Foi feito um exame neuropsicológico e não foi evidenciada nenhuma sequela até o momento”, afirmou.

O exame mediu as funções do cérebro, além de capacidade de raciocínio e de memória. A barra de ferro da grossura de um dedo polegar entrou pela parte posterior do crânio e saiu entre os olhos. Pela área atingida, Leite pode vir a sofrer alterações de humor.

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