OMS pede explicações sobre vacina brasileira

A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitará ao Brasil esclarecimentos sobre a freqüência atual de reações adversas à vacina nacional contra a febre amarela, fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz, e informações sobre novas áreas de circulação do vírus e casos de contaminação no País. O órgão também oferecerá auxílio.

Segundo o gerente da Área de Vigilância em Saúde e Gestão de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Jarbas Barbosa, as medidas foram adotadas após a organização tomar conhecimento, pela imprensa, de questionamentos técnicos sobre esses dois assuntos feitos pelo epidemiologista José Ricardo Pio Marins, coordenador-geral de Doenças Transmissíveis do Ministério até maio deste ano. Alertas sobre agravos à saúde por meio de fontes não oficiais são admitidos pelo regulamento sanitário.

Marins encaminhou ao Ministério Público e ao Conselho Federal de Medicina documentos em que acusa o governo de não reconhecer epidemia, "relaxar" no combate à doença e não dar importância a um possível aumento das reações vacinais. Questionou, ainda, a falta de divulgação das áreas de circulação do vírus.

O governo brasileiro garante que a vacina é segura e tornou disponível uma série de estudos realizados até 2007. Foram confirmados depois disso oito eventos adversos graves (cinco mortes), que estariam dentro de limites tolerados. A pasta não informou quantos estão relacionados à vacina da Fiocruz.

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