Ocultar dinheiro não é lavar, alega defesa de Duda

O advogado do publicitário Duda Mendonça e de sua sócia Zilmar Fernandes, Tales Castelo Branco, disse nesta quinta-feira (23) na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, não faz qualquer referência a quais teriam sido as manobras realizadas por ambos para lavar dinheiro. "Ocultar dinheiro no exterior é sonegação fiscal, mas não lavagem de dinheiro", afirmou Castelo Branco. Ele acrescentou que Mendonça e Zilmar Fernandes cometeram a "desgraça de dizer a verdade" e por isso foram denunciados por evasão de divisas e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão.

O advogado alegou que ambos abriram uma conta no exterior porque foram obrigados pelo PT. Depois, dando demonstração "de honradez e probidade", eles recolheram o dinheiro para o fisco. Por esse motivo, os acusados teriam cometido crime tributado e não de lavagem de dinheiro.

O esquema de lavagem de dinheiro, segundo a denuncia do Procurador, levada a cabo pelo publicitário responsável pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, teria enviado milhões para contas no exterior. Castelo Branco argumentou que, a partir do momento que Duda e Zilmar recolheram os tributos, extinguiu-se a possibilidade de serem punidos.

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