OAB quer fazer auditoria no sistema de segurança das urnas eletrônicas

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) encaminhou na segunda-feira (22) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido, apresentado por parlamentares, para que ela faça auditoria no sistema de criptografia inserido nas urnas eletrônicas nas próximas eleições. Com a análise, a entidade pretende obter garantias de que o módulo criptográfico usado nas urnas é imune a fraudes.

No ofício enviado ao presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, o presidente da OAB, Cezar Britto, afirma que é grande a preocupação com a segurança usada nas urnas. Isso porque, assinala, o sistema de criptografia é elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O órgão, destaca a OAB, está sob suspeita, após o suposto envolvimento com escutas telefônicas ilegais.

A proposta de auditoria no sistema de criptografia – conjunto de conceitos e técnicas que visa a codificar uma informação de forma que só o emissor e o receptor possam acessá-la, evitando que um intruso consiga interpretá-la foi apresentada OAB pelos deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR), Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Raul Jungmann (PPS-PE), integrantes da CPI dos Grampos.

De acordo com o presidente da OAB, o deputado Fruet chegou a cogitar a possibilidade de pedir a exclusão do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança nas Comunicações, órgão ligado Abin, do processo de preparo das urnas eletrônicas No entanto, os três parlamentares preferiram acionar a OAB para que ela faça a auditoria, antes de tomar qualquer outra medida.