Na reunião encerrada no início da tarde de hoje, na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), integrantes da entidade, representante da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e de movimentos de direitos humanos cobraram do ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro, a adoção de medidas efetivas de combate à violência no Espírito Santo.
O ex-presidente da OAB Regionaldo de Castro propôs ao ministro que a Advocacia Geral da União envie ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para retirar da Constituição do Espírito Santo e dos demais estados os dispositivos que mantêm a imunidade parlamentar de deputados estaduais. Para Castro, as constituições estaduais devem ter a mesma regra da Constituição Federal, em que os crimes comuns cometidos por parlamentares podem ser julgados independente de autorização do Congresso Nacional.
A vice-presidente da OAB no Espírito Santo, Gladys Bitran, aproveitou a reunião para denunciar que as ameaças contra dirigentes da entidade e magistrados no estado aumentaram nas últimas semanas. Segundo ela, em telefonemas e cartas anônimas, o crime organizado relata que acompanha o cotidiano dos dirigentes da Ordem e de seus familiares.
O ministro da Justiça voltou a dizer que não é possível combater a violência de um dia para o outro. Ele questionou a eficácia da intervenção federal no estado.
– Hoje estou mais preocupado com a ação que com a intervenção. É possível coibir o crime sem necessariamente haver intervenção – afirmou o ministro.
Ao final do encontro, o deputado federal Max Mauro (PTB), o único dos candidatos do governo do Estado que compareceu ao encontro em Brasília, aproveitou para defender a intervenção federal no estado. Ele disse, ainda, que a intervenção deveria também se estender ao Poder Judiciário. O deputado disparou críticas ao presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, José Carlos Gratz.
– No meu estado temos um governador que não governa e um poderoso chefão, que usa linguagem de bandido, o que realmente é – disse Max Mauro.
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