Número de transplantes de órgãos realizados no país cresce 12,7% em 2012

O Ministério da Saúde apresentou hoje, dia nacional dos transplantes, o balanço das doações e cirurgias feitas no primeiro semestre de 2012.

Os dados mostram que o número de transplantes cresceu 12,7% nos seis primeiros meses do ano comparados com o mesmo período de 2011, passando de 10.905 para 12.342.

O maior aumento registrado foi no transplante de pulmão, que dobrou entre 2011 e 2012 – foram 49 no ano passado inteiro e 30 no primeiro semestre de 2012. O de coração, segundo maior percentual de aumento, cresceu 29%, passando para 108 nos seis primeiros meses deste ano.

A maior alta de cirurgias foi registrada no Estado do Acre, com 1.033% de aumento. Esse Estado, no entanto, foi o que teve o menor número de transplantes em 2012. No primeiro semestre deste ano, o Estado realizou 34: quatro de rim e 30 de córnea.

Já São Paulo foi a unidade da federação que registrou o maior número de cirurgias – 4.783 das 12.342 feitas no país.

Segundo o ministro Alexandre Padilha (Saúde), o país deve alcançar este ano a meta de aumento de doações de órgãos prevista para 2013. O primeiro semestre fechou com a taxa de 12,8 doadores de órgãos para cada um milhão de população. A meta prevista para 2012 era 12, e a de 2013 é de 13.

Apesar do aumento, ainda há 19 mil pessoas na fila para transplante de fígado, disse o ministro. Essa é a maior fila de espera para um órgão no país. No primeiro semestre do ano, 801 transplantes de fígado foram feitos.

Padilha apontou dois gargalos do atual sistema de transplantes: a sensibilização das famílias de potenciais doadores e a necessidade de melhorar a estrutura de captação e de transplantes.

Tutoria

Padilha assinou hoje uma portaria para instituir ajuda financeira a centros de referência em transplantes que funcionem de tutores de serviços públicos que não fazem hoje transplantes. A ideia é priorizar a instalação de novos centros de transplantes no Norte e no Nordeste e no interior das demais regiões.

Países da América Latina e países de língua portuguesa, especialmente africanos, também poderão ser beneficiados dessa tutoria.
Serão R$ 10 milhões gastos este ano com essa finalidade, de acordo com o ministro.

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