?Nossa paciência tem limite?, avisa Stédile

Foto: Arquivo/O Estado
Stédile: MST mobilizado.

Belo Horizonte (AE) – O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse ontem que os representantes de movimentos sociais que participarão de um encontro com Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana, irão cobrar do presidente o cumprimento das promessas de campanha. ?Atenção, Lula, não nos tome como compadres?, alertou Stédile.

Questionado sobre a ação de cinco mil sem terra no porto de Maceió (AL), que ontem invadiram o terminal para cobrar a emissão na posse de cerca de três mil famílias, Stédile disse que o movimento está na verdade cobrando ?faturas antigas, que já venceram há dois, três, quatro anos?. ?O governo tinha se comprometido e assinado no Plano Nacional de Reforma Agrária assentar 420 mil famílias em quatro anos. Até agora, assentou mal e porcamente em torno de umas 150 mil?, reclamou. ?Está na hora de eles criarem vergonha. A nossa paciência tem limite.?

O encontro entre o presidente e a Coordenação de Movimentos Sociais (CMS), que reúne entidades como o MST, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), está previsto para o próximo dia 6, em Brasília. ?O povo precisa de mudanças que garantam aumento do salário mínimo, aumento dos salários em geral, distribuição de terra e garantia de emprego. Nós estamos unidos a favor disso?, avisou.

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