Acostumados a levarem fechadas de carros e de motocicletas, os ciclistas que usam a bicicleta todo dia para trabalhar aprovaram a ciclovia da Avenida Paulista, no primeiro dia útil de funcionamento da via. Na manhã desta segunda-feira, 29, a reportagem encontrou um perfil diferente de ciclistas do dia anterior, durante a festa de inauguração.

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Usuário de bike desde que aprendeu a andar, o chapeiro Francisco Araújo, de 37 anos, pedala pela avenida há 12 anos. “A bicicleta sempre foi o melhor meio de transporte para mim aqui em São Paulo. Eu tenho moto, mas uso no fim de semana porque o trânsito é mais tranquilo”, disse.

Araújo mora no bairro da Liberdade, na região central, e trabalha em uma lanchonete no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste. Como pedala há mais de uma década na avenida, disse ter se “acostumado” com “o desrespeito” de alguns motoristas. “Agora ficou mais protegido e seguro.” Da Paulista, ele pega a Avenida Rebouças. “Lá eu vou pela calçada porque acho muito perigoso usar a rua”, afirma.

O entregador de água Cícero dos Santos, de 40 anos, faz dezenas de viagens, diariamente, do depósito onde trabalha, na Bela Vista, região central até bairros no entorno.

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“Já fui fechado na Paulista, tomei chute de motociclista e caí algumas vezes”, afirmou. Na manhã desta segunda-feira, Santos já tinha feito duas entregas: uma no bairro Santa Cecília, na região central, e outra em Pinheiros. Nas duas vezes, ele fez a maior parte do trajeto de bike.