O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (3) que casos como o da morte de Genivaldo de Jesus Santos acontecem, que os policiais erraram, mas que não tiveram intenção de matar.

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“Não é a primeira vez que morre alguém com gás lacrimogêneo no Brasil. Se pesquisar um pouquinho, até nas Forças Armadas já morreu gente. […] Eles queriam matar? Eu acho que não. Lamento. Erraram? Erraram. A Justiça vai decidir. Acontece, lamentavelmente”, disse o presidente em entrevista à imprensa em Foz do Iguaçu (PR).

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Genivaldo foi morto por asfixia após agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) soltarem gás lacrimogêneo e spray de pimenta no porta-malas da viatura em que foi colocado. Ele havia sido abordado nas margens da BR-101 em Umbaúba, cidade do sul de Sergipe.

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Antes de ser colocado na viatura, foi imobilizado, atingido com spray nos olhos, jogado ao chão e recebeu chutes dos policiais. Testemunhas dizem que a ação durou cerca de 30 minutos. Ele havia sido parado por trafegar de moto sem capacete.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro trafegou de moto sem capacete em Umuarama (PR), descumprindo a legislação de trânsito. A infração acontece pela terceira vez seguida desde a morte de Genivaldo.

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Ao comentar o caso com a imprensa em Foz do Iguaçu (PR), horas depois, Bolsonaro disse ainda que “não queria estar na pele” dos policiais e nem dos familiares de Genivaldo. E afirmou que não se deve demonizar os agentes da Polícia Rodoviária Federal.

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O presidente ainda afirmou que o caso da morte de dois Policiais Rodoviários Federais, que aconteceu há cerca de duas semanas em Fortaleza, deve ter influenciado a decisão dos policiais em Sergipe.

“Eles queriam matar? Eu acho que não queriam matar. Eles queriam imobilizar o cara, pensado talvez no que tinha acontecido na semana anterior. Com toda a certeza estão arrependidos. Ninguém quer passar a mão na cabeça de ninguém.”

O presidente já havia comentado sobre o caso na segunda-feira (30) no Recife, quando criticou a imprensa, disse que não se pode generalizar a conduta dos agentes da corporação e que a Justiça será feira “sem exageros”.

No sábado (28), a Polícia Rodoviária Federal publicou um vídeo em que afirma que o caso foi uma conduta isolada. A corporação promete que vai aperfeiçoar os padrões de abordagem.

No comunicado gravado, o coordenador-geral de comunicação institucional da PRF, policial Marco Territo, diz que a corporação teria assistido com indignação às imagens da detenção de Genivaldo.

Os policiais envolvidos diretamente na abordagem –Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia– foram afastados, mas continuam em liberdade.

A direção-geral da PRF criou uma comissão interventora na superintendência regional da corporação em Sergipe para investigar o caso.

A Polícia Federal tem 30 dias para concluir a investigação e já começou a ouvir as testemunhas: na última terça-feira (31), foram ouvidas a viúva Fabiana, a irmã Damarise e o sobrinho Walllison Santos, que presenciou a abordagem.

A família, que defende a prisão dos policiais envolvidos na abordagem, diz considerar que o racismo contribuiu para uma ação truculenta da polícia e foi determinante para a sua morte. Genivaldo tinha 38 anos, era negro e tinha esquizofrenia.

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