As multas aplicadas pela Operação Boi Pirata II, em Novo Progresso, no Pará, já ultrapassaram os R$ 65 milhões, segundo informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Deflagrada em julho e sem prazo para terminar, a operação tem o objetivo de coibir a criação de gado em áreas desmatadas e queimadas ilegalmente na Amazônia, principalmente na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, criada em 2006, no oeste do Estado.

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Levantamento dos últimos dias da operação informa que foram feitos 50 autos de infração lavrados e apreendidos três veículos roubados e 22 armas, entre outros materiais. Foram presos em flagrante 11 desmatadores, além de quatro fazendeiros do setor norte da Flona do Jamanxim – um deles está foragido. De acordo com o Ibama, a operação encontrou também nove acampamentos de desmatadores e em um desses locais, foram detidas 17 pessoas, entre elas uma mulher grávida acompanhada de um filho de pouco mais de um ano e meio.

O Ibama já embargou 15.135,71 hectares de área por desmatamento ilegal ou queimada e apreendeu 1 mil m³ de madeira serrada e em tora, o que equivale a 58 caminhões carregados. Os agentes ambientais, com o apoio da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar (PM) do Pará e da Força Nacional de Segurança Pública intensificam a cada dia os trabalhos, com a meta de retirar cerca de 15 mil cabeças de gado da Amazônia. Até o momento, 6,2 mil animais já deixaram a Flona.

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