Mulher pode responder por mandar filha brigar na escola

A monitora de uma escola municipal de Araçariguama, a 45 km de São Paulo, mandou a filha de 15 anos, aluna da escola, agredir outra estudante na saída das aulas. Enquanto as duas rolavam pelo chão, a mulher impedia que outros alunos apartassem a briga e estimulava a agressora. “Soca a cara dela”, dizia. A briga ocorreu na sexta-feira à noite, mas só hoje a mãe da estudante agredida procurou a polícia. Ela tomou conhecimento do caso depois que as cenas da briga, gravadas pelo celular de outra estudante, foram parar num site de relacionamento da internet.

As imagens mostram as duas garotas se agarrando e caindo no chão. Enquanto dezenas de estudantes observam, a monitora alerta: “É minha filha, ninguém entra.” Em seguida, vai incentivando: “Puxa o cabelo, dá na cara.” De acordo com a Polícia Civil, o desentendimento entre as duas foi causado pelo fato de o namorado de uma delas ter “ficado” com a outra. A monitora, identificada como Meire Aparecida, foi ouvida ontem e negou ter estimulado a agressão. De acordo com a Polícia Civil, ela admitiu não ter deixado ninguém intervir na briga, sob a alegação de que a filha tinha que “aprender a se virar, senão apanharia em casa”.

A menina agredida tinha hematomas, marcas de unhadas e escoriações e passou por exame de corpo de delito. A agressora também foi examinada. A mãe deve responder por coautoria em lesão corporal de natureza leve. O caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal de São Roque. A secretária municipal de Educação, Regina Duarte de Moraes informou, através da assessoria de imprensa, ter aberto sindicância para apurar o caso. A fita com as imagens foi requisitada. Ela considerou “inadmissível” a conduta da monitora, que já foi suspensa das atividades.