Mulher lidera bando que invade hospital

São Paulo

– Um bando liderado por uma jovem de 22 anos invadiu ontem de manhã o prédio do Instituto do Coração (Incor), no Hospital das Clínicas, e manteve 30 pessoas como reféns. Armados com duas pistolas, a moça e dois rapazes entraram no setor de benefícios, onde são guardados os vales-transporte e refeição. O grupo seria especializado nesse tipo de roubo. Policiais militares e civis cercaram o prédio e após 50 minutos de negociação o trio se rendeu.

Não houve disparos. Mas segundo a polícia, a jovem manteve a arma apontada para uma das reféns e fez várias ameaças aos policiais. “Ela queria era sair no tiro. Era muita agressiva”, disse o supervisor do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), delegado Osvaldo Nico Gonçalves.

Roberta Vilela, Afonso dos Santos Bela, de 22 anos e Francisco José dos Santos Silva, 19, entraram no Incor, em Pinheiros, por volta das 11h30. Sob a alegação de que precisavam apanhar exames. Os três logo se encaminharam para o segundo andar. “Eles já conheciam a rotina de trabalho e os acessos”, disse o diretor de segurança do hospital, Conrado Trajano Carneiro. Segundo ele, Santos Bela se parece muito com um dos assaltantes que por duas vezes este ano entraram no hospital e levaram mais de R$ 400 mil em vales.

Roberta também seria especialista em roubo de vales, segundo Gonçalves. “Apesar da pouca idade, já esteve presa por dois anos e é parente de um pessoal que fez um assalto no banco HSBC de Moema há uns três meses”, disse ele. Na ocasião, quatro pessoas foram mantidas como reféns por três horas. O policial não descarta a participação de Roberta na ação.

Pânico

A ação do grupo foi frustrada quando um dos seguranças do hospital acionou um alerta silencioso, que chamou a atenção dos funcionários do térreo. Nesse momento, pacientes e visitantes que aguardavam na entrada do prédio foram levados para o setor de internação. Houve pânico. “Eles começaram a gritar ‘estão assaltando’, tivemos de acalmar o pessoal”, disse uma funcionária, que não quis se identificar.

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