O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse nesta sexta-feira (7) que vai investir nas conversas com integrantes de seu partido, o PTB, para tentar assegurar os votos para a aprovação da emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Ele disse que não tem conversado com os integrantes do PSDB, e elogiou o PDT por ter fechado questão a favor da CPMF e salientou que tem muita gente da sociedade se mobilizando para ajudar a aprovar a emenda. Lembrou o caso do médico Adib Jatene, ex-ministro da Saúde, e de Zilda Arns, da Pastoral da Criança. "Espero que no fim de semana consigamos ampliar os votos", afirmou.

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Sobre as fortes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às pessoas que são contrárias à CPMF, Múcio lembrou que tais declarações fazem parte do estilo de Lula. Segundo o ministro, com tal estilo, Lula tem 70% dos votos da população. "E tudo que ele tem dito é com franqueza", destacou. Para o ministro, o problema é que o discurso da CPMF foi politizado e muitos são contra sem saber o porquê. "É preciso deixar de partidarizar esta questão. A discussão não é dar mais ou menos dinheiro para o Lula ou para o seu governo, tem de pensar é no País", declarou ele.

O ministro José Múcio afirmou que os recursos da CPMF são necessários e lembrou que a CPMF não foi criada no atual governo. Sobre qual o numero de votos que o governo teria no Senado para aprovar a CPMF, ele afirmou: "O governo tem assessores otimistas e pessimistas. Nós não temos um número verdadeiro ainda de votos".

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