MST protesta contra licitações de petróleo

Brasília – Um grupo de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protestou ontem na Esplanada dos Ministérios contra a sexta rodada de licitações de áreas de exploração de petróleo e gás, que será realizada nos dias 17 e 18, no Rio de Janeiro, e em apoio ao presidente da Venezuela Hugo Chávez. Sob a alegação de que a licitação vai permitir a entrega de até 6,6 bilhões de barris de petróleo a multinacionais, o coordenador nacional do MST João Paulo Rodrigues entregou um manifesto pedindo o adiamento da licitação ao chefe de gabinete da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, Nelson Hübner.

Os manifestantes reivindicaram a realização de um plebiscito para ouvir o povo brasileiro e uma audiência com a ministra Dilma Rousseff na próxima segunda-feira. “A audiência é para que possa esclarecer possíveis dúvidas que existem sobre o processo de licitação, sobre qual é o papel da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e por que a Petrobras não quer ter o monopólio sobre o petróleo brasileiro”, explicou Rodrigues.

Sessenta e seis entidades da sociedade civil e ligadas ao MST assinam o documento, que levanta questões sobre a auto-suficiência do petróleo e denuncia que a “6.ª licitação será realizada sem que nenhum órgão público tenha apresentado estudo sobre o suprimento de petróleo e gás no país, a médio e longo prazos”. Diz ainda que o Brasil “não dispõe de um planejamento energético de caráter estratégico, o qual ficará a cargo da Empresa de Planejamento Energético, em fase inicial de organização”. No início da semana que vem, será julgada a Adin ingressada pelo governo do Paraná no STF pedindo concessão de medida cautelar para interromper o leilão.

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