O Movimento Passe Livre (MPL), que deu início às manifestações contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo no mês passado, não vai participar do ato preparado pelas centrais sindicais para esta quinta-feira, 11, como parte do Dia Nacional de Lutas. De acordo com representantes do movimento, no entanto, isso não significa que eles se colocam contra esses atos. “Queremos fugir dessa concepção maniqueísta de apoiar ou ser contra. Apenas não estamos compondo com o ato das centrais”, explicou uma das representantes do MPL, Mayara Vivian, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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De acordo com nota publicada no perfil do movimento nas redes sociais, o esforço do MPL continua sendo pela revogação no aumento do valor das tarifas de transporte em cidades da região metropolitana de São Paulo. Estão planejados atos em São Bernardo, Embu e Taboão da Serra. Além deles, o movimento pretende apoiar a paralisação dos metroviários, que deve ocorrer amanhã. “Damos nosso total apoio a essa mobilização porque só com a união dos usuários e trabalhadores poderemos transformar o sistema de transporte.”

O MPL também criticou o que chamou de diluição na pauta de reivindicações das centrais sindicais. “Só mudamos a vida quando sabemos pelo que lutamos”, diz um trecho do documento. “Não sabemos a quem interessa essa diluição, mas certamente não é aos trabalhadores. Se nossos problemas são concretos, nossas pautas devem ser igualmente concretas”, continua. “E nesse dia (11, quinta-feira) é a luta por transporte que vamos fortalecer”, diz o movimento.

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Mídia

O MPL também apoia o protesto que será realizado a partir das 17h contra o suposto “monopólio da mídia”. Essa manifestação é organizada por ao menos três grupos, o Ocupe a mídia!, o Intervozes e o Centro de Mídia Independente, e será realizado na Praça Coronel Gentil Falcão, na região da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, zona sul da capital. De acordo com Mayara, apesar de o “foco principal” do grupo ser a questão dos transportes, “isso não anula o fato de apoiarmos esse ato”.

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