Motoristas de transporte escolar protestaram na manhã desta quarta-feira, 1º, na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, na região central de São Paulo.

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No Dia Municipal do Transporte Escolar, grupos de veículos escolares saíram de diferentes áreas da cidade e causaram lentidão em importantes vias como a Radial Leste e o Corredor Norte-Sul. Foi a segunda vez na semana que houve manifestação. A Polícia Militar não informou a quantidade de veículos que participavam do ato.

Os manifestantes têm diversas reivindicações. A principal delas é a obrigatoriedade do uso das cadeirinhas, que passa a valer a partir de fevereiro de 2016.

A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) foi publicada em junho deste ano e determina que os dispositivos de segurança no transporte de menores de 7 anos e meio (bebês conforto e assentos de elevação) são itens obrigatórios nos veículos de transporte escolar.

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Um dos argumentos dos condutores é que o serviço não é exclusivo a crianças e, muitas vezes, os carros atendem desde bebês a até estudantes universitários.

Outra questão é a padronização do veículo. Em seu site, o Sindicato do Transporte Escolar do Estado de São Paulo (Simetesp)esclarece que a resolução gera um imbróglio, uma vez que “as cadeirinhas não conseguirão ser afixadas aos bancos estreitos dos veículos adaptados e com cintos de segurança de dois pontos”.

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A padronização também é um desejo dos manifestantes, pois a isenção fiscal na compra dos veículos – semelhante à dada aos táxis – estaria vinculada a essa determinação que deve ser feita por órgãos federais.

No entanto, o protesto desta quarta-feira não é organizado pelo sindicato. “A pauta é válida, mas já estamos em negociação com representantes públicos”, afirmou o diretor de logística e planejamento do Simetesp, Donay Neto, que acredita que o ato cause confusão no trânsito da cidade.

Além da questão das cadeirinhas e da isenção fiscal, a manifestação pede que a Prefeitura libere o uso de insulfilm, que as emissões dos certificados de condutores para transporte seja limitado e que seja definida uma planilha tarifária.

“A gente está enfrentando o problema relacionado às cadeirinhas. Em função disso, os motoristas resolveram reivindicar outras questões também. Concordamos com as reivindicações, mas falta foco e isso vai confundir a cabeça da população”, avaliou Neto. De acordo com ele, os protestos desta semana foram organizados pela internet e pelas redes sociais.

Segundo o Simetesp, a cidade de São Paulo tem 13 mil transportadores escolares e cerca de 500 estariam participando do protesto desta quarta-feira no Pacaembu.