Motorista acusado de atropelar ciclista é denunciado

A Justiça aceitou a denúncia (acusação formal) contra o motorista de ônibus acusado de atropelar e matar em março a ciclista Juliana Ingrid Dias, 33, quando ela pedalava pela avenida Paulista, na região central de São Paulo.

Reginaldo Francisco dos Santos, 36, se tornou réu no processo que corre na 9ª Vara Criminal do fórum da Barra Funda. A denúncia foi aceita no dia 26, mas a divulgação ocorreu nesta quarta-feira.

O Ministério Público denunciou Santos pelo crime de homicídio culposo (sem intenção), sob alegação de que ele agiu com imprudência.

Segundo a investigação, ele dirigia um ônibus no sentido Consolação e, quando tentava mudar de faixa, bateu em Juliana e provocou sua queda.

Testemunhas relataram que ela pedalava na segunda faixa à esquerda da calçada da Paulista, e caiu na altura da rua Pamplona.

Ela acabou entrando debaixo de outro ônibus que vinha pelo corredor, da linha 478P-10 (Sacomã-Pompeia), e foi atropelada. Juliana usava capacete e colete de sinalização.

Santos chegou a ser preso, mas foi solto após pagar fiança de R$ 1.500.

Por entender estarem “presentes nos autos de inquérito policial indícios suficientes de autoria e materialidade”, a juíza Patrícia Alvarez Cruz recebeu a denúncia.

A reportagem não conseguiu localizar Santos na tarde desta quarta-feira para comentar a acusação. Ele ainda não constituiu advogado para defendê-lo no processo.

Ciclista

Juliana era de São José dos Campos (97 km de SP), mas morava havia um ano em São Paulo. Ela era bióloga e pesquisadora do hospital Sírio-Libanês.

Juliana usava a bicicleta todos os dias no percurso de sua casa, na Vila Mariana (zona sul de SP), até o trabalho, na região central.

Chamada pelos conhecidos pelo apelido de Julie, ela participava de grupos de ciclismo como o Pedal Verde. O grupo organiza passeios de bicicleta com plantio de árvores pela cidade todos os meses.

O acidente ocorreu a cerca de 30 metros de onde outra ciclista morreu atropelada em 2009. Márcia Regina de Andrade Prado, 40, morreu no dia 14 de janeiro após ser atingida perto da alameda Campinas.

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