Mortos chegam a sete e povo foge no Rio

Rio – O número de mortos na guerra entre traficantes rivais pelo controle da venda de drogas no Morro da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, aumentou ontem de cinco para sete. Mais de quinhentos policiais tomaram o morro, mas a violência não foi estancada, levando várias famílias a abandonarem suas casas. A previsão era de mais tiros, conflitos e mortos na noite de ontem para hoje.

Dois homens não identificados, acusados de serem traficantes, morreram em novo confronto com policias, no começo da noite de anteontem. Mas o tiroteio durou até a madrugada de ontem. A guerra na Rocinha começou na madrugada de sexta-feira, quando um grupo de 60 criminosos tentou invadir a favela, para tirar do comando da região o traficante Luciano Barbosa da Silva, o Lulu. Neste confronto, cinco pessoas morreram e sete pessoas ficaram feridas. Ontem, 580 policiais civis e militares fizeram buscas na mata da favela para prender Lulu; o traficante Eduíno Eustáquio de Araújo, o Dudu, apontado pela polícia como responsável pelo ataque de anteontem na Rocinha, e seus comparsas.

O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Renato Hottz, havia determinado que 380 policiais militares ocupassem a Rocinha e o Vidigal, favela próxima e esconderijo de Dudu. No início da manhã de ontem, outros 200 policiais civis reforçaram a operação de buscas na mata que existe em volta da Rocinha. As informações no local eram de que o chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, acompanhou a movimentação dos policiais em um helicóptero da polícia. Dois helicópteros foram utilizados durante a operação, que será por tempo indeterminado.

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