Morte de pedestre cai 45% no centro de SP

A morte por atropelamentos de pedestres caiu 45% na área central de São Paulo, batizada de Zona de Máxima Proteção ao Pedestre, após o início da campanha pró-pedestre. O levantamento foi feito com casos registrados no intervalo de maio de 2009 a setembro de 2010 e comparado ao período entre maio de 2011 a setembro de 2012.

No mesmo período, o número de mortes caiu 10,1% em todo o município de São Paulo. O Programa de Proteção ao Pedestre foi lançado na capital paulista em 11 de maio de 2011.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os números comprovam a tendência de diminuição de acidentes com morte de pedestres. As análises comparam o número de óbitos registrados pelo IML (Instituto Médico Legal) e os boletins de ocorrência de acidentes de trânsito da Polícia Civil.

Para acompanhar o desempenho da campanha, a CET ainda realizou pesquisa de opinião. O estudo mais recente, feito de 23 de novembro a 4 de dezembro, revela que o respeito ao pedestre praticamente triplicou, passou de 10,4% para 29% dos motoristas em relação a fevereiro de 2011, período anterior ao programa.

Entre 23 de novembro e 4 de dezembro, foram entrevistados 438 motoristas e 426 pessoas a pé, dentro de uma margem de erro de 5%. Destes, 86% (ou 375) dos condutores ouvidos alegaram que dão preferência de passagem ao pedestre que atravessa na faixa -o que representa aumento de 11,9% dos resultados de fevereiro do ano passado.

Entre os pedestres, 34% afirmaram que se sentem respeitados durante a travessia, aumento de 11,4% em relação à fevereiro de 2011.

No mesmo período, a utilização de setas foi registrada em 60% dos casos em 2012, revelando aumento de 13,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

91% dos motoristas também declararam que utilizam a seta “sempre” ou “frequentemente” para fazer uma conversão. Desde o início da campanha, o índice subiu 7,8%. Quando questionados se os motoristas sinalizam a conversão, 60% dos pedestres concordaram com a afirmação –na primeira pesquisa, o índice era de 28,8%.

O levantamento levou em consideração somente situações em que o veículo e o pedestre desejassem passar pelo mesmo local, ao mesmo tempo. A amostra foi composta por 820 veículos que trafegaram pelos cruzamentos entre a rua Haddock Lobo e rua Luís Coelho, rua Álvaro de Carvalho com rua João Adolfo com Rua Alfredo Gagliotti, rua Quintino Bocaiúva com rua Riachuelo, e rua Maria Paula com rua Francisca Miquelina.

As multas no trânsito que são contabilizadas como resultado da campanha são: deixar de indicar com gesto ou seta a mudança de direção, avançar no semáforo vermelho, parar sobre a faixa de pedestre, deixar de dar preferência na faixa de pedestre, ao pedestre em via transversal ou àquele que não tenha concluído a travessia.

De 8 de agosto a 14 de dezembro, já foram contabilizadas 320.624 multas relativas a infrações de desrespeito ao pedestre no trânsito.

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