O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu de forma enfática na tarde desta sexta a educação sexual nas escolas. Para ele, a estratégia exerce um papel importante na prevenção da gravidez na adolescência, cujas taxas ainda são consideradas altas no País. “Não dá para não fazer”, afirmou.

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Dentro do governo, no entanto, está claro que o tema provoca divergências. O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, foi evasivo ao falar do tema e de sua relevância na redução da gravidez entre adolescentes. Rodriguez afirmou que o programa Saúde nas Escolas, que aborda a educação sexual, poderá ser alterado, num sinal de que a estratégia poderá ser feita de forma a não melindrar famílias de pensamento conservador. “Veremos o que será necessário atualizar”. Embora questionado, ele não afirmou que mudanças poderiam ocorrer.

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As afirmações foram feitas durante a formalização de uma parceria entre os Ministérios da Saúde, da Mulher, Família e Direitos Humanos, da Educação e da Cidadania para reduzir a gravidez precoce até 2022. A taxa de gravidez na adolescência no Brasil é de pouco mais de 56 adolescentes a 1 mil. O número é maior do que a taxa internacional, de cerca de 49 a cada 1 mil.