Ministro justifica gastos da Presidência com passagens e diárias

Brasília – Os gastos do Governo Lula com passagens aéreas e diárias já são duas vezes maiores que os efetuados no ano passado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo dados do Ministério do Planejamento, a Presidência da República já gastou mais de R$ 19,6 milhões, enquanto a administração anterior utilizou, em 2002, para a mesma rubrica, pouco mais de R$ 8,1 milhões. O montante inclui os principais órgãos que compõem a Presidência, como Imprensa Nacional, Agência Nacional de Cinema (Ancine), Conselho de Desenvolvimento, Econômico e Social (CDES), Secretaria de Comunicação, Gabinete de Segurança Institucional, Radiobrás e Controladoria Geral da União (CGU).

“Esses gastos se justificam porque você tem que fazer acordos comerciais, abrir novos mercados para o país e fazer acordos políticos”, explicou o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega. Segundo ele, não fossem as viagens do presidente Lula, o país não teria aberto novas fronteiras, novos mercados e novos parceiros no cenário internacional.

“Em nove meses, o Brasil fez na área externa mais que o governo anterior fez em oito anos. Hoje o Brasil é visto com outros olhos”, argumentou o ministro, justificando o saldo positivo inédito da balança comercial brasileira – que deve superar os US$ 22 bilhões este ano.

Apesar do aumento dos gastos da Presidência, as despesas totais do governo federal com passagens e diárias diminuíram pela metade, em relação a 2002. Segundo dados da Secretaria de Orçamento do Ministério do Planejamento, o governo gastou, em valores reais, cerca de 50% a menos que o executado no ano passado. “Vamos terminar o ano com uma economia em relação ao ano passado de cerca de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões”, justificou Mantega. Segundo ele, a redução foi possível por causa da adoção de medidas mais rígidas de controle orçamentário.

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