O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reconheceu na quarta-feira (19), pela primeira vez, que a crise financeira já começa a afetar a oferta de novos empregos formais no País e anunciou a possibilidade de ampliar o número de parcelas do seguro-desemprego, se a situação se agravar. “A ampliação, no limite de até 10 parcelas, vai depender da realidade, se tivermos demissões em massa, pois o dinheiro é do trabalhador”, afirmou Lupi. Ele disse que a ampliação não é ainda necessária.

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Lupi divulgará nesta quinta os dados de outubro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registra os empregos com carteira assinada, e antecipou que o saldo de novos empregos “ainda será positivo”, mas menor do que a expectativa. Lupi vinha dizendo que a crise financeira só afetaria o mercado de trabalho formal brasileiro no ano que vem.

Em razão dos sinais de desaquecimento do mercado, representantes das centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, CTB e NCST) entregaram ao ministro um documento com 18 sugestões de medidas. A lista inclui o pedido de ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego, que hoje varia de três a cinco meses. O benefício tem valor de um a três salários mínimos.

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