Ministro da Educação é vaiado em congresso no Distrito Federal

O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi obrigado a deixar o 30º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), na tarde de sábado, depois de enfrentar vaias e hostilidade de militantes do PSTU. O incidente foi noticiado com destaque pela Agência Brasil, o portal de notícias oficial do governo federal. Procurado, Haddad não quis comentar o incidente. ?O que eu acho é o que está na Agência Brasil?, afirmou.

Segundo a reportagem da agência estatal, o ministro ficou meia hora no local onde se realizava a convenção, onde chegou por volta das 17 horas , acompanhado da filha. Foi recebido com palavras de ordem como ?Eu sou de luta, sou radical, não sou capacho do governo federal?. Sentou-se na primeira fila do auditório, mas os manifestantes não aceitaram sua presença. Jogaram bolinhas de papel e gritaram ?fora já daqui?. Haddad, então, deixou o auditório. Mas, antes, juntou-se a um grupo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que tentava responder aos ataques e fez com a mão o gesto que imita um L, uma das marcas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

À Agência Brasil, o ministro disse não ter ficado chateado com as vaias do PSTU e afirmou que o episódio não afetaria as discussões sobre políticas públicas de educação. Haddad atribuiu a confusão a um ?problema regimental?. ?Minha vinda estava prevista para a abertura e não pude comparecer porque fui chamado para uma reunião com o presidente Lula." A Agência Brasil ouviu o dirigente da Confederação Nacional de Lutas (Conlutas), José Geraldo Corrêa Júnior, do PSTU, que considerou o protesto ?legítimo? contra a ?invasão? do ministro no congresso. ?Um congresso de trabalhadores tem coisas a tratar que o patrão não pode saber?, disse o sindicalista, de acordo com a agência.

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