O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje o uso do etanol como combustível de veículos. “A emissão dos carros a álcool é tida como zero, porque a emissão dos carros é compensada pela absorção de CO2 pela cana. Temos de fazer uma grande defesa dos carros a álcool. O carro a álcool não contribui em nada para o aquecimento global. Polui menos e no ciclo completo elimina a emissão de CO2”, afirmou Minc, em resposta indireta ao estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) que, segundo reportagem de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, constatou que carros com motor flex poluem menos se for usada gasolina, em vez de álcool.
Minc, que participou há pouco do lançamento do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar, classificou como “impecável” o projeto que estabelece áreas onde o plantio da cana será permitido. “Com esse plano, o nosso etanol será 100% verde”, disse o ministro, ressaltando que além da questão ambiental o zoneamento trará benefícios nas exportações de etanol. “Muitos países usam argumentos ambientais para colocar barreiras comerciais no etanol brasileiro”, disse o ministro.
Minc também elogiou a exigência de as novas exportações de cana serem realizadas em terrenos com até 12 graus de inclinação. “Isso garante a mecanização, que por sua vez garante que não sejam feitas queimadas”. Minc disse novamente que neste ano a Amazônia terá a menor taxa de desmatamento dos últimos 21 anos. “O Brasil está fazendo o seu dever de casa e vai poder falar alto, em Copenhague (onde haverá, em dezembro, reunião de cúpula da ONU para discutir o novo tratado global para o clima) e exigir medidas dos países mais poluidores”.


