Cobertura em baixa

Metade das vacinas do calendário infantil brasileiro não bate as metas desde 2015

Criança recebe "a famosa gotinha" contra a poliomielite. Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/Arquivo

Entre as 15 vacinas do calendário infantil brasileiro, que inclui a imunização contra a poliomielite, metade não bate as metas desde 2015. Em 2018, apenas duas únicas atingiram a cobertura esperada: a BCG, com 99,72% de imunização do público-alvo, e a vacina contra o rotavírus humano, com 91,33%. Para ambas, a meta é superar os 90%. Ano passado, nenhuma das 15 vacinas atingiram a meta.

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Neste ano, até 2 de outubro de 2020, a taxa de imunização para a BCG chegou a 63,88%, e para o rotavírus, a 68,46%. A maior cobertura atingida foi da vacina pneumocócica, com taxa de 71,98%. Em 2019, chegou a 88,59% do público-alvo. As informações foram divulgadas nesta sexta (16) pela coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, durante a Jornada Nacional de Imunizações.

Apesar de ainda não existir uma avaliação real do impacto da pandemia de covid-19 nas coberturas vacinais, a crise sanitária deve piorar ainda esse cenário, um fenômeno já sentido globalmente, segundo Fontana.

Os números parciais divulgados neste sábado (17), durante o Dia “D” de vacinação, mostram que, em relação à vacina contra a poliomielite, as taxas estão ainda bem abaixo da meta.