Brasília – O senador Aloízio Mercadante (PT-SP) explicou nesta quinta-feira (13) o motivo de se abster na votação para a cassação do mandato do presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Mercadante alegou que ainda não estava convencido de que Calheiros fosse culpado na denúncia de que teve contas pagas por um lobista da construtora Mendes Junior.

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Para Mercadante, não há provas de conclusivas de que o presidente do senado seja culpado. "Não há prova documental bancária inquestionável. Agora há questionamento sobre a conta bancária, sobre o empréstimo feito, e só se configura crime fiscal se houver processo na Receita Federal, o que não houve", explicou.

Ele disse ainda que se absteve "dizendo que ainda precisamos investigar" as denúncias contra Calheiros. Mercadante também disse que conversou com o presidente do senado e pediu que ele se licenciasse temporariamente do cargo. Questionado sobre a resposta de Calheiros, Mercadante disse que essa era uma decisão pessoal.

Sobre as obstruções que a oposição pretende fazer, Mercadante disse que uma obstrução prolongada "não é benéfica para o país". Matérias importantes para o governo, como a CPMF e a reforma tributária, têm de ser discutidas e votadas.

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O senador petista disse ainda que irá insistir na mudança do regimento da casa para que as votações e as sessões sobre cassação de mandato sejam abertas. "O pior que tem é esse voto envergonhado, no qual as pessoas não assumem em quem votaram", disse.