Menino desaparece e é encontrado ferido em pátio de escola de educação infantil

A Polícia Civil de Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, investiga agressões a um menino de 6 anos. Por volta das 19 horas de sábado, a criança desapareceu após deixar sua residência para brincar na casa de um amigo, vizinho próximo. O fato ocorreu no bairro Restinga, um dos mais violentos, localizado na zona sul de Porto Alegre.

Quase 20 horas depois do desaparecimento, o menino foi encontrado no pátio de uma escola de educação infantil, na zona rural do município de Nova Santa Rita, a cerca de 50 km da capital gaúcha. O garoto tinha sinais de queimaduras pelo corpo, como se fossem de cigarro, além de marcas de estrangulamento em torno do pescoço.

“Estava em um almoço com a família, quando um vizinho que mora ao lado da escola me ligou e disse que tinha uma criança muito machucada no pátio. Isso era domingo, por volta das 14h. Cheguei lá e o menino disse que havia sido jogado por um homem, por cima da cerca, que tem uns dois metros de altura”, revelou o policial militar que atendeu a ocorrência e prefere não ser identificado. O menino passou a madrugada de domingo ferido, no pátio da instituição.

Em depoimento à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira, 16, a mãe do menino disse que procurou o filho até as 21h de sábado e em seguida, despreocupada, foi dormir, pois achou que a criança tão logo voltaria para casa. O pai da criança também estava na residência mas não demonstrou preocupação com o caso.

“Hoje (segunda) fui ao hospital de Canoas visitar o menino. Ele foi submetido a vários exames médicos e está com um dreno no pulmão, lesão ocasionada supostamente pelas agressões do criminoso. Também há marcas de queimadura pelo corpo”, disse o delegado Ireno Schulz, responsável pela investigação.

O que mais intriga a Polícia Civil é saber por que os pais não comunicaram às autoridades o sumiço da criança, agindo de forma negligente. Informações da polícia apontam que a mãe do menino possui antecedentes criminais por tentativa de homicídio.

A reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” entrou em contato com o Hospital de Pronto-Socorro em Canoas, que não divulgou o estado de saúde da criança.

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