Médicos estrangeiros ajudam a combater dengue na Bahia

Sete médicos venezuelanos e dois cubanos chegaram à Bahia, no fim de semana, para ajudar no combate ao avanço da dengue no Estado. “Vamos usar a experiência deles nos nossos esforços”, afirma o secretário da Saúde, Jorge Solla. Há três anos, a Venezuela enfrentou uma epidemia de dengue causada pelo tipo 4 do vírus da doença – ainda não detectado na Bahia, por onde circulam as outras três variantes do micro-organismo. Na ocasião, o avanço da dengue só foi controlado com o apoio de médicos cubanos especialistas em doenças tropicais.

“A cooperação abre a possibilidade de ampliar as medidas de defesa sanitária a fim de evitar a entrada do vírus 4”, acredita o secretário. O acordo de cooperação entre Bahia e Venezuela foi costurado na semana passada, quando o governador Jaques Wagner visitou oficialmente o presidente Hugo Chávez. Além dos profissionais de saúde estrangeiros, estão na Bahia 11 médicos e sete enfermeiros das Forças Armadas, que colaboram no atendimento de vítimas da doença no Estado.

Eles chegaram na quinta-feira, iniciaram os trabalhos em Itabuna – cidade que lidera as notificações por morte pela doença no Estado, com 11 casos – e nesta segunda-feira (23) seguiram para Porto Seguro, que no momento registra o maior avanço da dengue no Estado. As duas cidades, junto com outras cinco (Ilhéus, Ipiaú, Irecê, Jacobina e Jequié) tiveram situação de emergência por causa da doença decretada pelo governo.

Na manhã desta segunda-feira (23), a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) divulgou novo balanço sobre o avanço da dengue no Estado. De acordo com os dados, do início do ano ao fim da segunda semana de março foram notificados 26.597 casos clássicos da doença, avanço de 291% com relação ao mesmo período do ano passado. Além deles, foram registradas 535 suspeitas de ocorrência de formas graves da dengue (das quais 184 confirmadas). Segundo o boletim, estão confirmadas 28 mortes causadas pela doença no Estado. Há outros 29 casos sendo investigados.

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