Matadores de índio curtem a vida

Brasília – O juiz da Vara de Execuções Criminais de Brasília, Aimar Neres de Matos, suspendeu ontem o benefício do regime semi-aberto de três dos quatro rapazes condenados a 14 anos por assassinar o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos em abril de 1997. Eron Chaves Oliveira, Antônio Novely Cardoso Vilanova e Max Rogério Alves tinham autorização para sair do presídio da Papuda, onde cumprem pena, somente para trabalhar e estudar. Na decisão, o juiz declara que decidiu suspender o benefício após tomar conhecimento, por meio de uma reportagem do jornal Correio Brasiliense, de que eles estavam descumprindo a ordem da Justiça. Segundo a reportagem, os três foram flagrados no fim da tarde da quarta-feira passada no bar Bedrock, em Brasília. Depois de tomarem pelo menos quatro cervejas, às 19h30, eles teriam ido para a Papuda dirigindo os respectivos carros: Golf 2.0 GLX vermelho (Eron), Astra preto (Max) e Uno azul (Novely). Condenados por homicídio triplamente qualificado, os jovens de classe média alta de Brasília que queimaram vivo o índio ganharam o benefício no ano passado, por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

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