Matador vende dólar roubado

São Paulo – Acusado de trocar parte dos US$ 5 mil roubados da família Yonekura, cujos cinco integrantes foram assassinados há duas semanas, o gerente Eduardo Carregosa Alves, de 24 anos, foi preso ontem em flagrante sob acusações de receptação de tíquetes roubados e de desacato. Os investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vasculharam a loja em Santo Amaro, e encontraram panfletos anunciando a compra de ouro, jóias, dólares e euros. Eles também encontraram vales-refeição. ?O dono da empresa confirmou que os vales eram roubados?, disse o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP.

No local, no entanto, não havia moeda estrangeira. Alves disse aos policiais que o assaltante Celso Alencar dos Santos, que está foragido e é acusado da chacina dos Yonekura, passou em sua loja na terça-feira passada. Carregava os US$ 5 mil. Como a quantia era grande, Alves disse que não poderia comprar tudo, pois seria preciso que o dono da loja DNS Jóias autorizasse a transação.

Celso e o vigilante Ricardo Francisco dos Santos tiveram a prisão decretada pela Justiça sob acusação de terem torturado e assassinado cinco integrantes da família Yonekura na madrugada do dia 11, na zona leste de São Paulo. Ricardo conhecia a família. Os dois estavam atrás dos dólares que três integrantes da família teriam trazido do Japão, onde haviam trabalhado por seis anos.

Os bandidos torturaram as vítimas antes de matá-las. Só W., que se fingiu de morto, e seu filho de 11 meses, salvaram-se. Os acusados levaram os US$ 5 mil, pois o restante estava num banco.

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