Massacre dos garimpeiros vira novela

Brasília

– Mais de três meses depois do massacre de 29 garimpeiros dentro da reserva Roosevelt, dos índios cintas-largas, em Rondônia, a Polícia Federal ainda está longe de esclarecer o caso. Com dificuldades para estabelecer a participação individual de cada um na chacina, a PF ainda não decidiu se vai propor uma denúncia coletiva dos índios ou se acusará apenas os três principais caciques da reserva. Nenhuma das duas alternativas é considerada satisfatória pela própria polícia. Segundo um dos delegados responsáveis pelas investigações, uma denúncia coletiva contra o grupo de aproximadamente 30 índios suspeitos de envolvimento no massacre teria pouca eficácia. Sem a indicação clara da participação de cada um na chacina, a acusação seria facilmente derrubada na Justiça. Por lei, as autoridades policiais ou do Ministério Público são obrigadas a demonstrar, com base em provas, como cada índio teria atuado na matança.

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