Brasília (AE – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Melo, assume a Presidência da República pela segunda vez, hoje à tarde, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso embarca para a reunião de cúpula do Mercosul na Argentina. Para não se tornarem inelegíveis para a disputa de outubro, os três substitutos imediatos de Fernando Henrique também sairão do país: o vice-presidente Marco Maciel e o presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), vão na comitiva presidencial para Buenos Aires, e o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), viajou hoje para o Chile.

A temporada de Marco Aurélio no cargo será curta, um pouco mais de 24 horas, ao contrário da primeira vez, que permaneceu na Presidência com grandes festas por mais de uma semana. Marco Maciel, que é candidato do PFL a uma vaga no Senado por Pernambuco; Tebet, que tenta a reeleição para o Senado, e Aécio Neves, que vai disputar o governo de Minas Gerais, seriam os sucessores naturais de Fernando Henrique, mas não podem assumir a Presidência porque, pela legislação, se tornariam inelegíveis. Assim, até outubro, todas as vezes que o presidente viajar para o exterior, os três precisam se ausentar do País.

Recesso

Deputados e senadores tiveram ontem o seu primeiro dia de recesso parlamentar, após votarem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ontem à noite. As férias do Congresso acabaram impedindo a visita do presidente do México, Vicente Fox à Câmara e ao Senado. Por uma falha do cerimonial, que não previu o fechamento do Congresso, foi mantido na agenda de Fox encontros com Aécio Neves e Ramez Tebet, que só foram cancelados na última hora.

Assim que terminar o recesso oficial do Congresso, deputados e senadores começam o chamado “recesso branco”, que irá se prolongar até as eleições de outubro. O motivo para as férias longas é que a maioria dos 513 deputados vai tentar se reeleger e 54 dos 81 senadores vão disputar as eleições de outubro e vão se dedicar, a partir de agora, as campanhas. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), os parlamentares vão se reunir na primeira e na última semana de agosto para votar medidas provisórias.

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