Mães de jovens mortos pedem proteção para testemunhas

O advogado João Tancredo, defensor das mães dos três jovens do Morro da Providência executados no Morro da Mineira, vai entrar nesta quinta-feira (26) com um requerimento de proteção de duas testemunhas do caso na Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Uma testemunha é um sobrevivente do caso e outra é uma senhora que ajudou dois jovens a fugir dos oficiais do Exército. A entrada no programa de proteção s testemunhas só não foi pedida hoje (25) porque Tancredo ainda não está com os documentos do processo criminal.

"As testemunhas estão abandonadas própria sorte. Há rumores na comunidade que alguns soldados do Exército ameaçaram essas pessoas. Eles teriam dito que, quando o caso cair no esquecimento, estariam por ali e tomariam providências em relação s testemunhas, disse Tancredo.

A apresentação do pedido para que as famílias sejam indenizadas pela União também depende desses documentos. Tancredo explicou que o valor será calculado pelo juiz de acordo com a gravidade do dano moral, que neste caso é gravíssimo, e a capacidade econômica de quem causou a ofensa, que é a União.

Além da indenização, as mães têm direito pensão correspondente ao valor do quanto os jovens poderiam contribuir mensalmente para as suas famílias enquanto estivessem vivos. Neste momento, segundo Tancredo, os familiares das vítimas têm necessidade urgente de tratamento psicológico.

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