Após 31 dias presa, Natália Mingoni Ponte, de 29 anos, mãe do menino Joaquim, deixou nesta quarta-feira, 11, a Cadeia Feminina de Franca, no Estado de São Paulo. Ela foi levada em um carro sem identificação escoltado por uma viatura até a saída da cidade, onde familiares a aguardavam em outro veículo para levá-la até São Joaquim da Barra.

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Ao deixar a cadeia, Natália foi hostilizada por um grupo de cerca de 20 pessoas que gritavam “assassina”. Alguns populares conseguiram atingir o carro com socos, mas foram contidos pela polícia. Ela foi libertada por volta das 17h30 após ter sido concedido habeas-corpus pelo Tribunal de Justiça de São Paulo no dia anterior.

O pedido para libertar Natália partiu do advogado Ângelo Carbone, de São Paulo, que não é seu defensor. Ele – que chegou a atuar no caso go goleiro Bruno, diz ter se comovido com a situação da mulher que, segundo alegou, estaria colaborando com a polícia, não representaria perigo às investigações e não possui antecedentes criminais.

Natália estava presa desde 10 de novembro, quando o corpo de seu filho de apenas 3 anos foi localizado no Rio Pardo, em Barretos. Seu marido, Guilherme Raymo Longo, de 28 anos, também foi preso na ocasião e segue na cadeia. Também nesta quarta seu advogado impetrou o terceiro recurso na tentativa de libertá-lo.

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O casal foi preso por suspeita de envolvimento na morte do menino. Todos os dois alegam inocência, mas Natália deu algumas declarações à polícia que pesam contra o companheiro. O delegado, Paulo Henrique Martins de Castro, diz que a liberdade dela não prejudica o inquérito que está entrando em sua fase final. Por isso, não deverá haver recurso para que volte a ser presa.

Para o promotor Marcus Túlio Nicolino, mesmo não prejudicando as investigações, o ideal seria que Natália continuasse presa até mesmo para garantir sua integridade física. Segundo ele, por se tratar de um caso que causou comoção e repercutiu muito, fica difícil de evitar situações que a coloquem em risco.

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Suspeito

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Joaquim Ponte Marques, que fazia tratamento contra diabete, tenha sido morto com uma dose excessiva de insulina. Uma embalagem com 30 unidades do medicamento desapareceu, mas Guilherme – principal suspeito de ter feito a aplicação, alega que injetou a substância nele mesmo durante uma crise de abstinência de cocaína.

A Polícia Civil garante ter provas contra o padrasto, que poderá ser indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado, cuja pena pode chegar a 50 anos de prisão. Natália pode responder por omissão, por ter deixado o filho sob responsabilidade dele, mas isso ainda é analisado.