A candidata oficial à Presidência da Argentina Cristina Fernández de Kirchner embarcará para o Brasil, onde se reunirá com o presidente Lula amanhã em Brasília. "O Brasil é o nosso principal sócio comercial do Mercosul", disse Cristina sobre os motivos de sua viagem. A declaração foi feita após inauguração da fábrica de calçados Paquetá, na Província de Buenos Aires.

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Cristina, mulher do presidente Nestor Kirchner, pode buscar apoio oficial de Lula para sua candidatura às eleições de 28 de outubro próximo. A consultoria Poliarquia divulgou pesquisas de opinião no fim de semana revelando que Cristina conta com 39,8% das intenções de voto – 28,1% a mais do que a segunda colocada, a candidata Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, que registrou 11 7%. Em outra pesquisa, encomendada à Universidade Aberta Interamericana (UAI), Cristina receberia 37,8% dos votos válidos e Carrió, 18,7%.

Pela lei eleitoral argentina, para vencer no primeiro turno o candidato deve obter mais de 45% dos votos, ou mais de 40% com uma diferença de 10% para o segundo colocado na disputa. A vitória de Cristina é o cenário considerado mais provável. Além do apoio político de Lula, Cristina poderia discutir com o presidente brasileiro sobre as negociações da Petrobras para adquirir os ativos da Esso na Argentina. O governo de seu marido também está interessado no negócio e não gostou de saber que a Petrobras avalia a possibilidade de realizar uma oferta pelos ativos da Exxon Mobil.

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