Lula rechaça preconceito dos EUA

São Paulo

– O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve garantir ao líder norte-americano George W. Bush que não vai tomar qualquer atitude ideológica contra os Estados Unidos. Lula embarcou ontem para Washington. Ele se reunirá com Bush hoje. O presidente eleito vai reivindicar um tratamento sem preconceito por parte dos EUA, mesmo com a eleição de um governo de esquerda para comandar o Brasil.

Lula promete passar uma imagem de chefe de Estado moderado ao presidente Bush. Lula participa também de almoço com representantes do Press Club e reúne-se com integrantes da The American Federation of Labor-Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO), principal central sindical norte-americana. O presidente eleito do Brasil também se encontra com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, e com congressistas norte-americanos. À noite, haverá um jantar na embaixada brasileira.

Amanhã, Lula segue para o México, onde tem encontro marcado com o presidente Vicente Fox. O retorno do presidente eleito ao Brasil está previsto para amanhã à noite ou quinta pela manhã.

Resultado

O próximo governo espera um resultado promissor nos contatos com as autoridades norte-americanas, segundo afirmaram ontem o porta-voz do governo eleito, André Singer, o coordenador da equipe de transição, Antônio Palocci, e o senador eleito pelo PT, Aloizio Mercadante, momentos antes de se juntarem à delegação do presidente eleito. Ao passar pelo portão de embarque, o porta-voz, André Singer, disse que o ambiente nas relações diplomáticas é favorável e que Lula está otimista, em função das demonstrações de boa vontade do governo norte-americano, desde a sua vitória nas urnas. Segundo Singer, o encontro de Lula com o presidente dos Estados Unidos, que não tem assunto específico em pauta, servirá para estreitar relações.

Para o coordenador da equipe de transição, Antônio Palocci, a viagem pode criar um ambiente muito favorável ao País em suas relações internacionais tanto diplomáticas quanto comerciais. “O que é fundamental para contas as externas” afirmou.

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