Lula reage com irritação ao responder sobre Vavá

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu se esquivar e reagiu com certa irritação, ao ser indagado sobre as novas revelações da Polícia Federal sobre o envolvimento de seu irmão mais velho, Genival Lula da Silva, o Vavá, em tráfico de influência e sua vinculação com empresários do jogo investigados na Operação xeque-mate

"Não acho justo, depois de uma reunião com cinco países importantes para tratar de um assunto dessa magnitude, você me perguntar uma coisa que eu poderia falar com você na segunda-feira, em São Paulo, na terça-feira em Brasília, na quinta-feira no Rio de Janeiro, aonde você quiser perguntar", rebateu a uma pergunta sobre o assunto. "Eu quero falar exatamente do G5 e do G8. Na segunda-feira, você pode me perguntar o que você quiser da política interna que lhe responderei de peito aberto e de coração muito aberto", completou.

Depois de sua enfática declaração em Nova Délhi, no último dia 5 de que não acreditava nas suspeitas que recaíam sobre Vavá, como Genival é conhecido, o presidente preferiu escapar da uma abordagem direta. Seguiu, portanto, a estratégia montada pelo Palácio do Planalto, que tenta preservá-lo das denúncias que envolvem seu irmão.

A pergunta sobre Vavá girou em torno de uma posição do presidente sobre as novas denúncias publicadas pelos principais jornais brasileiros. A primeira, que a PF conta com gravações nas quais Genival cobra cifras de R$ 2.000 a R$ 3.000 do empresário do jogo Nilton Servo. Em troca, prometia conseguir benefícios para Servo – preso na Operação Xeque-Mate – em órgãos públicos federais. A segunda, de que empresário espalhava a versão de que era amigo do presidente da República, conforme investigação da PF.

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