Lula quer tirar seis ministros e rebaixar seis

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha com estratégia dupla na montagem do novo ministério, que incluirá dois representantes do PMDB. Segundo importante interlocutor de Lula, se a reforma ministerial fosse hoje, Lula não só demitiria seis representantes do primeiro escalão federal, como rebaixaria outros seis, que perderiam o status de ministro na nova equipe. Tudo em favor de um ministério mais ágil e mais enxuto que o atual, em que ele concedeu a 37 colaboradores o título de ministro de Estado.

A relação dos auxiliares intocáveis é curta, mas vai além da dupla José Dirceu (Casa Civil) e Antônio Palocci (Fazenda). Mesmo não sendo exatamente intocável, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, sinalizou a Lula o desejo de continuar onde está e será atendido. “Na ministra Dilma (Rousseff, das Minas e Energia), o presidente não mexe para nada nem no Luiz Gushiken (Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República) ou José Fritsch (secretário especial de Aqüicultura e Pesca), que ele adora”, atesta o interlocutor.

Mas as secretarias especiais de Aqüicultura e Pesca, de Políticas para as Mulheres e da Igualdade Racial e de Direitos Humanos devem perder status de ministério, assim como o Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome e a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Dispensáveis

O interlocutor de Lula destaca que, na visão do Palácio do Planalto, são três os “peões” da equipe: Ricardo Berzoini, da Previdência Social; Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, e Tarso Genro, do CDES. Berzoini, Dulci e Genro estão na lista dos que poderão trocar de postos, dependendo das necessidades ou conveniências políticas do presidente.

A relação dos “dispensáveis”, na qual ele figura, é encabeçada pela ministra da Assistência e Promoção Social, Benedita da Silva, apesar da defesa que lhe fazem alguns petistas, como o governador do Acre, Jorge Viana (PT). Outros que entram no rol dos demissionários são os ministros de Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, dos Transportes, Anderson Adauto, do Esporte, Agnelo Queiroz, e de Comunicações, Miro Teixeira.

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