Lula minimiza efeitos de crise nos Estados Unidos para o Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou nesta quinta-feira (13) os possíveis efeitos da crise americana no crescimento brasileiro. Depois de dizer que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro estava crescendo de forma "razoável", Lula afirmou que o País perderia no máximo 0,3 ponto percentual no caso de haver recessão nos Estados Unidos.

"Com a diminuição da economia americana, alguns estudos dizem que o Brasil poderá diminuir entre 0,1 ponto e 0,3 ponto percentual do crescimento do seu PIB", afirmou o presidente, sem citar a origem desses estudos. As declarações foram feitas durante a conferência de imprensa, na Dinamarca, terceira etapa da viagem presidencial pelos países nórdicos. O presidente aproveitou o momento para voltar a cobrar ações dos Estados Unidos e dos bancos internacionais para controlar a crise.

"É preciso exigir dos Estados Unidos e dos bancos que ajudaram a financiar títulos de segunda classe, pensando em ganhar dinheiro fácil como se estivessem num cassino, que não joguem a responsabilidade para os países que estão fazendo um esforço imenso para se desenvolver", afirmou o presidente. "É isso que vamos exigir, que quem fez a crise pague por ela. É uma briga dura, mas a faremos com galhardia."

Investimentos

Lula aproveitou a viagem à Dinamarca para, mais uma vez, vender o País e tentar atrair mais investimentos. Pela manhã, em um encontro com empresários, reforçou que a economia brasileira está sólida, assim como as instituições, e falou sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

"É importante explicar aos empresários o que é o PAC. São US$ 252 bilhões que iremos investir em infra-estrutura. São milhões investidos em ferrovias, portos, aeroportos e estradas", explicou. "Estamos determinados a colocar o Brasil no padrão dos chamados países desenvolvidos". "O Brasil tomou uma decisão: não iremos jogar fora a oportunidade de nos transformarmos definitivamente numa grande economia", completou.

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