O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo neste sábado (13) à Bolívia para que o acordo de fornecimento de gás ao Brasil seja respeitado.

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Em visita cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio, ele afirmou que ouviu os pronunciamentos do presidente boliviano Evo Morales dizendo que não vai permitir que o patrimônio público seja danificado pelos manifestantes das províncias oposicionistas.

O presidente lembrou também que o Brasil não pode interferir em assuntos internos da Bolívia e tudo o que pode fazer é pedir para que as partes envolvidas entrem num entendimento.

Sem confirmar sua presença em encontro marcado para ocorrer na próxima segunda-feira (15), com a participação dos presidentes dos países que integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), para discutir a situação na Bolívia, Lula disse que o encontro só deve ser realizado se este for o desejo do presidente boliviano.

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Ele ainda comentou as ameaças de fechamento da fronteira Brasil-Bolívia: se a fronteira ficar fechada, quem perde é o país mais pobre. Não é o Brasil. Não queremos fechar a fronteira nem um minuto. Mas, se eles, ou seja, os bolivianos que estão participando do movimento, o fizerem, eles têm que saber que isso é prejudicial a eles.

O presidente disse, em uma entrevista coletiva depois de participar da inauguração do Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Cefet), que deseja que a Bolívia se desenvolva, tenha sua democracia consolidada e viva tranquilamente.

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Oposição tem direito de fazer oposição. Mas tudo tem limite. Porque se extrapolar os limites, todo mundo perde. E acho que, na Bolívia, não tem que todo mundo perder, tem que todo mundo ganhar. Porque a Bolívia precisa disso, finalizou.