Na primeira semana do governo petista, vários ministros deram declarações polêmicas, que foram publicadas pela revista Veja como um show de “trapalhadas na decolagem” do governo Lula em seu começo. Além de comentar os desacertos da equipe de Lula nos primeiros dias, a revistra atribui o fato a um “show de factóides”.
Entre estas trapalhadas, o ministro do Trabalho, Jacques Wagner, chegou a sugerir o fim da multa de 40% sobre o FGTS para demissões sem justa causa. Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) anunciou que o Brasil deveria dominar a tecnologia da bomba atômica. Entre outras falas, Gilberto Gil (Cultura) citou a necessidade da realização de um “do in antropológico” no setor. “Não tem desacerto. Cada companheiro está dizendo o que pensa. Por enquanto, acho que as coisas estão indo muito melhor do que se esperava. Eu dei 30 dias de prazo para que cada ministro apresente o seu plano de metas para o primeiro ano. E nós vamos trabalhar com tranqüilidade. Ou seja, nós não vamos nos preocupar com uma ou outra coisa que as pessoas digam. Daqui a 30 dias nós vamos anunciar aquilo que nós vamos trabalhar este ano. Nós temos muita coisa para fazer e vamos começar a fazer”, afirmou Lula.
Ontem de manhã, Lula tirou fotos, abraçou algumas pessoas e deu autógrafos ao deixar o seu apartamento. Alguns eleitores trouxeram presentes para o presidente, que preferiu deixar o seu apartamento pela porta da frente, saindo pelo cordão de isolamento montado a partir da portaria do prédio. Ele estava acompanhado da primeira-dama, Marisa. Normalmente, Lula deixa sua casa de carro, pela garagem do edifício.
No plano internacional, o presidente ainda destacou que quer a Argentina recuperada e o Mercosul fortalecido. Ele passou o domingo em sua casa descansando da caravana contra a fome, que visitou três estados brasileiros, sexta-feira e sábado da semana que passou.