Lula critica a lentidão do Congresso Nacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a lentidão do trabalho do Congresso Nacional, onde estão pendentes vários projetos considerados importantes pelo governo. ?As coisas não andam tão rápido como vocês desejariam nem como eu gostaria. Muitas vezes a gente acha que o Congresso vai aprovar alguma reforma em dois ou três meses, até que alguém resolve fazer uma emenda e o projeto demora mais para ser aprovado?, disse o presidente, em Brasília. 

Contudo, Lula disse que é necessário entender que o mecanismo legislativo faz parte do sistema democrático. O presidente negou que o governo tenha privilegiado os aliados com a liberação de verbas. ?Não há grupos de amigos?, afirmou, se referindo às críticas da oposição diante dos repasses do governo federal.
Lula afirmou que, se dependesse dele, tudo seria resolvido por acordo no Brasil. ?É que, de vez em quando, tem eleição, e os acordos ficam mais difíceis, porque as pessoas depositam todo seu interesse num período muito curto de eleição e isso, às vezes, atrasa?, disse o presidente. Apesar disso, Lula disse que ainda acredita que todas as pendências podem ser resolvidas se as pessoas se sentarem para dialogar.

Apesar de ter afirmado recentemente que tinha encerrado o ciclo de viagens ao exterior, Lula vai viajar dias 26 e 27 deste mês para São Tomé e Príncipe, na África, para discutir com os chefes de Estado dos países de língua portuguesa a aprovação de um protocolo modificando o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O acordo foi firmado em outubro de 1990, mas até hoje não ratificado por todos os países signatários, segundo informou a assessoria do Ministério da Educação.

Além de permitir a adesão do Timor Leste, o documento deverá definir a entrada em vigor do acordo, com o depósito dos instrumentos de ratificação por três países signatários, como tem sido prática recente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Da reunião deverão participar, além do presidente brasileiro, os chefes de Estado de São Tomé e Príncipe, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.

A assessoria do MEC lembra que o acordo ortográfico, aprovado em 12 de outubro de 1990, em Lisboa, deveria ter entrado em vigor em 1.º de janeiro de 1994, depois de ser ratificado por todos os países envolvidos. Mas, devido a dificuldades políticas, até o momento apenas Brasil, Portugal e Cabo Verde concluíram o processo de ratificação.

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