A esperada “lua de sangue” não compareceu nesta sexta-feira, 27, no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, porque as nuvens encobriam o horizonte no momento mais especial do eclipse. Mas, às 18h25, quando tudo indicava que as centenas de pessoas que foram ao parque para observar o fenômeno sairiam frustradas, a lua cheia surgiu, parcialmente eclipsada, e deslumbrou os paulistanos.

continua após a publicidade

Minutos antes, a professora de inglês Marlene Andreetto e a estudante Yasmin Andrade, de 11 anos, estavam decepcionadas, na fila onde mais de 500 pessoas esperavam para observar outro fenômeno especial – Marte na maior aproximação dos últimos anos – em três telescópios instalados no parque sob direção do Planetário de São Paulo.

continua após a publicidade

“Viemos por causa do eclipse, mas nos disseram que ia ser difícil de ver, então entramos na fila para ver Marte”, disse Marlene. “Nesse horário o eclipse já acabou e a Lua ainda não apareceu. Eu fiquei decepcionada, sim”, disse Yasmin.

continua após a publicidade

No instante seguinte, uma correria na multidão chamou a atenção das duas. A Lua cheia – parecendo um fino semicírculo – finalmente aparecia por cima das árvores e das nuvens. Mas Yasmin parecia mais fascinada com outros astros. “Nós vimos Vênus e estamos vendo Júpiter lá no alto e Marte perto da Lua. Eu não sabia que dava para ver os planetas assim.”

Ciência

Foi exatamente para despertar esse fascínio que o Planetário instalou três telescópios de 300 milímetros no parque. “Esses fenômenos chamam a atenção das pessoas e as fazem olhar para o céu e pensar na vida e no Universo, a se conectarem novamente com a natureza por um momento. E elas se perguntam por que isso acontece e se dão conta de que estamos em um planeta viajando pelo espaço. Nós precisamos aproveitar esses momentos em que todos estão tão sensíveis pata divulgar ciência”, disse o diretor do Planetário de São Paulo, Fernando Nascimento.