Loteria lava dinheiro sujo

São Paulo

– O Ministério Público Federal já pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito para apurar o uso da loteria para lavagem de dinheiro “sujo”. A procuradoria pediu também à Caixa Econômica Federal informações sobre suspeitos e solicitou à Receita Federal uma devassa na vida de ganhadores. Estes foram os primeiros passos dados na solução do caso de um grupo de 30 pessoas que ganhou 1.802 vezes em jogos federais, tendo embolsado um total de R$ 13,9 milhões. A maior parte dos casos a ser investigados aconteceram nos anos 1999 e 2000 em São Paulo.

O suposto golpe lembra o caso do ex-deputado federal João Alves, que em 1993, em virtude das investigações sobre desvio de verba do Orçamento da União, declarou ter vencido 221 vezes na loteria. Dentre as 30 pessoas que serão investigadas está José Eugênio da Silva, que teria acertado 211 vezes em um período de dez meses, embolsando R$ 1,9 milhão da Caixa. Os irmãos Adilson, Amauri e Alécio Gouveia também integram a lista levantada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda. O MPF acredita que por trás destes casos exista uma operação de lavagem de dinheiro.

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