Líderes de quadrilha tinham mansão na Nigéria

Os líderes da quadrilha presos hoje por tráfico internacional de drogas moravam em casas simples na zona leste de São Paulo mas tinham mansões na Nigéria.

Os suspeitos eram nigerianos e residiam legalmente no Brasil. O dinheiro lucrado no tráfico era usado em construções imobiliárias na país africano. De acordo com a PF (Polícia Federal), ao menos quatro líderes do grupo criminoso possuíam mansões na Nigéria.

Para despistar os policiais, os membros da quadrilha não tinham propriedades, moravam em casas humildes e não trabalhavam. Além disso, todas as conversas sobre o tráfico de drogas eram feitas em dois dialetos nigerianos – Igbo e Yorubá.

A quadrilha foi presa na operação Conexão Remota, da PF. Até a tarde de hoje, 32 pessoas já haviam sido presas – 29 eram nigerianos e apenas um era brasileiro. Outros sete mandados ainda devem ser cumpridos.

A ação, que foi iniciada há um ano e meio, investigava o transporte de drogas para os Estados Unidos e países da Europa, África por meio dos aeroportos brasileiros.

O grupo preso nesta quinta aliciava brasileiros para fazerem o transporte ilegal de drogas, principalmente, na região central de São Paulo.

As “mulas” (pessoas contratadas para transportar drogas) recebiam entre US$ 5.000 e US$ 8.000 por viagem. A cocaína era transportada em bagagens, sob as roupas ou ainda em forma de grandes cápsulas que eram engolidas por essas pessoas. No decorrer das investigações, 34 pessoas foram presas em flagrante e mais de 70 kg de cocaína apreendidos.

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