Lavagem de dinheiro envolve 12 autoridades

Brasília – A investigação da Polícia Federal sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro pode envolver outras autoridades, além do superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Francisco Baltazar da Silva, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O software da empresa de câmbio Barcelona Turismo, apreendido pela PF, também relaciona os nomes de 12 servidores públicos do Executivo e do Judiciário.

Entre os nomes, citados em código e com telefones de contato ao lado, aparecem o de um juiz, o de um procurador da República e de duas funcionárias do Tribunal de Justiça de São Paulo. Todos são suspeitos de manter ligações com o doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, dono da Barcelona Tur.

A empresa é investigada desde 1997 pela Polícia Federal e o Ministério Público sob a acusação de ser usada como fachada para atividades ilegais, sobretudo lavagem de dinheiro de origem espúria, remessas ilegais para paraísos fiscais, crimes financeiros e sonegação de impostos. Em nota divulgada ontem, a direção nacional da Polícia Federal confirma a existência da investigação que pegou o superintendente de São Paulo, mas evita citar o nome dele por se tratar de investigação sob segredo de Justiça.

Em Ribeirão Preto, o juiz federal Augusto Peres ouviu ontem depoimentos de pessoas investigadas por adulteração de combustíveis e roubo de cargas, a partir das investigações da Operação Lince.

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