O delegado federal aposentado Raimundo Hiroshi Kitanishi assumiu nesta sexta-feira (15) a direção da Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, a 450 quilômetros de Curitiba, com a orientação de ter um "relacionamento mais próximo" com os 240 agentes penitenciários lotados na instituição e com o sindicato que os representa. "Tem que conversar para sentir o clima", disse o diretor do Sistema Penitenciário Nacional, Wilson Damázio. "Tudo o que vier para contribuir será bem-vindo, mas nas questões de gestão a palavra final será do diretor e minha.
A abertura para o diálogo era uma das reclamações do Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais (Sindape) contra o ex-diretor, Ronaldo Urbano, que dirigia a instituição desde a inauguração, em 23 de julho do ano passado, e pediu a exoneração no mês passado. "A direção nunca criou oportunidade para que pudéssemos oferecer opiniões", criticou o diretor jurídico do sindicato, Fábio Geroldini. "O que queríamos era um aperfeiçoamento onde foram identificadas falhas." Segundo ele, entre os agentes há muitos com formação superior e que poderiam ser melhor aproveitados. "Nós esperamos que haja uma revisão de conceitos", apelou.
Embora reticente no falar, alegando que precisa se aprofundar no conhecimento da instituição, Kitanishi disse que espera "poder vencer". Formado em Direito, ex-policial militar e delegado aposentado da Polícia Federal, ele já trabalhou na Polícia Fazendária em São Paulo e na Polícia Federal em Londrina, no norte do Paraná, antes de assumir a direção da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) durante o ano de 1998 e, numa segunda etapa, entre 2001 até agora. Ele será responsável pela custódia de 164 presos. A capacidade da penitenciária é para 208 condenados.
