O ex-diretor do Instituto Butantã Jorge Kalil afirmou à reportagem que todas as despesas em análise pela CGA e pelo TCE são legais, estavam relacionadas ao trabalho e foram aprovadas pelo então presidente da Fundação Butantã, André Franco Montoro Filho.

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De acordo com Kalil, os gastos com viagens no ano passado foram altos por causa do agravamento dos surtos de dengue e zika, o que exigiu sua participasse em diversos eventos científicos no exterior.

“Havia reuniões importantes e tínhamos de comprar as passagens com pouca antecedência, o que tornava tudo mais caro”, disse ele, que ainda ressaltou que a aquisição de bilhetes em classe executiva era permitida para diretores do IB em viagens com duração superior a 6 horas. “Muitas vezes, a gente tinha de chegar ao local e ir direto trabalhar. Precisávamos de um mínimo de conforto.”

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Sobre as despesas com alimentação, o ex-diretor afirmou que frequentemente recebia delegações estrangeiras interessadas nas pesquisas do Butantã e as visitas incluíam convites do IB para almoços ou jantares, caso da despesa no restaurante Barbacoa.

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Kalil afirma que seus compromissos internacionais e encontros com pesquisadores estrangeiros trouxeram mais investimentos e visibilidade internacional ao Butantã. “O faturamento do instituto passou de R$ 250 milhões a R$ 1,6 bilhão na minha gestão. Estão fazendo essas investigações, mas eu nem sequer fui notificado dessas apurações. Isso é uma tentativa de justificar a minha demissão, tendo em vista que, até agora, não acharam nada de irregular na minha gestão”, afirmou Kalil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.