O Tribunal de Justiça de São Paulo negou hoje o pedido de liberdade de Allan dos Santos Peçanha, 27, suspeito de mandar matar sua ex-mulher e universitária, Lore de Santos Vaz, 26. Ela foi encontrada degolada no último dia 13, dentro de seu carro, em Santo André (Grande São Paulo).
A decisão foi tomada pelo magistrado Francisco Orlando, da 2ª Câmara de Direito Criminal, em caráter liminar. O caso será analisado também por três desembargadores em um julgamento do mérito, que ainda não foi marcado. Allan foi preso na última sexta-feira.
Os pais da universitária suspeitam que Peçanha nunca aceitou o término do casamento e que o assassinato tenha sido motivado por ciúmes. “[O crime] não era por dinheiro. Ele pagou a mesma quantia que devia à minha filha para mandar matar ela”, disse Vandete Moreira de Santana Vaz, 47, mãe da vítima.
Segundo com s pais da jovem, Peçanha costumava socar a parede e quebrar objetos quando ficava nervoso, mas nunca havia agredido Lore. O comportamento agressivo foi o principal motivo para o término do relacionamento.
Câmeras de uma empresa registraram dois homens abandonando o veículo de Lore. Os suspeitos levaram o telefone celular da vítima e o aparelho de som do carro. Além do ex-marido da vítima, o funileiro Raimundo Nonato Bezerra, 32, e Robert Pirovani Gama, 21, confessaram a participação no assassinato da jovem.
Segundo o advogado da família, Ademar Gomes, a polícia deve fazer a reconstituição do caso no próximo mês.