Justiça manda soltar fraudadores

Maceió – A Justiça Federal liberou 15 dos 19 presos pela Operação Guabiru, da Polícia Federal, que estavam detidos desde 17 de maio. Eles são acusados de envolvimento no esquema de desvio de verbas federais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (FNDE) destinados à compra de merenda escolar pelas prefeituras alagoanas. Só em 2005, foram desviados mais de R$ 2 milhões.

A revogação das prisões foi decidida no fim da tarde de ontem pelo desembargador federal Marcelo Navarro, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5.ª Região, com sede no Recife. Os 15 suspeitos foram soltos à noite e responderão ao processo em liberdade.

Dos quatro que não foram contemplados pela revogação de prisão, três continuam na carceragem da Polícia Federal (PF) em Maceió – o ex-prefeito de Rio Largo (AL) Rafael Torres, apontado como chefe da quadrilha; o prefeito de São Luiz do Quitunde (AL) Cícero Cavalcante (PMDB), e o empresário Francisco Erivan dos Santos, considerado o segundo na hierarquia do bando. O prefeito afastado de Marechal Deodoro (AL), Danilo Dâmaso, continua hospitalizado na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, com doença cardíaca.

Denúncia

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os 54 integrantes da quadrilha desbaratada pela PF. Segundo o procurador regional federal Francisco Rodrigues dos Santos Sobrinho, do MPF de Pernambuco, o oferecimento da denúncia significa que há provas suficientes de que todos os acusados tiveram participação no esquema e que, por isso, devem responder a uma ação penal na Justiça.

Se a denúncia do MPF for recebida pelo pleno do TRF, os indiciados responderão por crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, crime contra o sistema financeiro nacional, entre outros.

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